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27 novembro 2011

Ausência


Nem sempre me sinto ausente,

Que minha alma perene,
Exausta de frustrações,
Exalta do meu corpo e se faz presente,


Não me sinto ausente,

Quando em busca do inconsequente,
Meus truques e artimanhas,
São fantasias em mente.

Me sinto ausente,
Quando em busca do amor verdade,
Encontro amores inexistentes,

Sinto ausente,
Quando sua ausência,
Se faz presente.

Marco Antonio de Alvarenga



22 novembro 2011

Sem Retorno


Um dia confiei no destino
e atirei ao rio trunfos
que andava a deixar escapar.

O rio é um curso de água livre
(assim me ensinaram na primária)
mas esqueci-me que
quase todos os rios
se vão deslaçar no mar.

E esqueci-me também que o mar
sendo tão cheio de peixes e de água
se torna voraz e muito sedento.

Assim, numa das suas ânsias
engoliu todos os trunfos que lá foram parar
e hoje
só hoje reparei
que nenhum deles ao rio pode voltar.

Marta Vasil
do Blogger: Lua sem Dona


Imagens da Praia do Forte

12 novembro 2011

Entardecer


Quando o sol cansado vai se pondo,
Uma réstia de sol caminha tranquila
Sobre os montes da ilha.
Declina-se o dia e um vento vago
Traz o cheiro de  jasmins.
Sopram versos das flores,
Como ondas em prece ao entardecer.
Sopros da terra que em flor palpitam,
Exalando a vida e seus perfumes.
Sombras lilases vagueiam no céu,
A tarde declina no silêncio,
Esmaecendo-se suave e melancólica.
Da janela onde me encontro,
Os olhos acompanham as sombras
Desenhando-se nos montes.
Que me importa estar aqui nesta sala,
Onde o trabalho me prende ao chão,
Se minha alma cria asas e se arrebata
Na beleza do cenário, agradecida
Pelo terno abraço desta tarde...

Sônia Schmorantz



10 novembro 2011

Amor


Há uma luz que brinca
ao final de um corredor,
Há um som de felicidade
acompanhado de saudade,
Há uma nostalgia perene
um sentimento de quase dor,
Há um quê de sentir e querer,
é a isso que chamamos amor?

Sônia Schmorantz





05 novembro 2011

Flor de grama


Sei que a pequena flor de grama, tenra e triste,
Ao ser pisada pelos pés do distraído,
Mergulha, afunda, então, no chão endurecido,
Depois ressurge da semente que resiste.
Nasce outra vez e, florescendo, ainda insiste
Em enfeitar belo jardim adormecido,
Flor rastejante, mas de um lindo colorido,
Que o vento sopra não a tirando da haste em riste.
Quisera eu ser forte como é a flor da grama.
Quando pisado, reacender em outra chama
E, humildemente, iluminar nossos caminhos.
Escurecidos pela incompreensão e a dor,
Pode levar a todo canto só amor
E exterminar com a amargura dos sozinhos.

José Gilberto Gaspar



01 novembro 2011

O invisível Poema


Aqui se cruzam os caminhos
de épocas remotas e atuais.
Neste espaço finco os beirais
desta casa onírica.


Meu ninho é esta escrita em pergaminho.
São as fantasmagorias banais,
os sons obsessivos das vogais
e as libações efêmeras do vinho.

Não falo de casas em borborinho,
nem de monumentos e catedrais.
Registro, apenas, nesta escrivaninha,

o invisível poema em redemoinho, 
capturando o lido e o olvido e os ais 
escutados na partição dos caminhos.


Rubens Jardim




Imagens ao acaso, durante o descanso no trabalho, incluindo os companheiros de lanche!

Quem sou eu

Minha foto
Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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