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31 dezembro 2008


Eu só quero silêncio neste porto
Do mar vermelho, do mar morto

Perdida, baloiçar
No ritmo das águas cheias

Quero ficar sozinha neste espanto
Dum tempo que perdeu a sua forma

Quero ficar sozinha nesta tarde
Em que as árvores verdes me abandonam.


Sophia de Mello Breyner Andresen

30 dezembro 2008


Para ganhar um belíssimo Ano Novo
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummon de Andrade

Do amor conheci todas as ausências...
todas as tolerâncias e todas as minhas carências!
No amor...descobri todas as harmonias
todas as fantasias e todas as suas alegrias!
Do amor eu encontrei toda a solidão...
toda a paixão e toda a minha salvação!
No amor distingui todos os prazeres
e todos os dizeres e todos os seus deveres.
Do amor eu conheci todos os queixumes...
todos os seus perfumes e todos os meus ciúmes!
No amor eu vivi todos os delírios...
e todos os martírios;
todos os beijos e todos os nossos desejos!
No amor derramei todas as lágrimas...
declarei todas as máximas!
também encontrei todas as flores
com todos seus odores!
No amor deparei com todos os mistérios
e todos os seus critérios!
E todos eu levei...apaixonadamente...a sério!

Do amor desvendei todas as mágicas...
usei todas as táticas e descobri todas
as cartas enigmáticas!
No amor encontrei toda ternura...
toda candura e todas as desventuras!
No amor encontrei toda a riqueza...
toda a leveza e toda a sua pureza!
Do amor percebi toda sua magnitude...
toda a sua juventude e toda sua inquietude!
No amor eu encontrei todos os sabores...
todos os calores e todos os dissabores!
No amor busquei tudo que ele nos traz :
todo bem que ele nos faz...
E de todo o seu Universo descobri a Paz

(Marilena Frade)

Preciso do teu silêncio
cúmplice
sobre minhas falhas.
Não fale.
Um sopro, a menor vogal
pode me desamparar.
E se eu abrir a boca
minha alma vai rachar.
O silêncio, aprendo,
pode construir. É um modo
denso/tenso
- de coexistir.
Calar, às vezes,
é fina forma de amar.

Affonso Romano de Sant'Anna

29 dezembro 2008

A vida


E a vida desliza,
tão macia e lenta
tão cheia de luz,
tão cheia de graça
como as águas tranquilas
dum rio que caminha em direção ao mar...
Esse mar que o espera
para o abraçar.
E o vento que sopra
quando o dia amanhece
vem roubar meus sonhos
e os leva para longe,
percorrendo vales,
subindo montanhas
e então acontece
que eles se dispersam em mil asas brancas
que voam planando
e por fim mergulham
no meio do mar...
Esse mar que os espera
para os abraçar...

http://mar-la-vento.blogspot.com/

Achei uma pétala
No meio do livro
Que eu tinha
Quando ainda lia você,
Mas sempre que se abrem páginas
onde secaram pétalas,
A brisa acode
Para que esses despedaços
de flores voem vivos
E morram em paz.
E em paz, despedaçados,
Leremos outras folhas
Como se fossem
as de um romance novo
Sem marcas de pétalas secas...

(Autor desconhecido)

28 dezembro 2008


Há entre a promessa e o sonho,
um amanhecer azulado de lírio,
um cheiro morno de colo,
um suspiro de espera.
Há entre nossas vidas um laço de vida
nenhuma que se ata além do apreensível.
Há entre mim e ti um tanto de espaço
que se dobra e nos junta
como se reordenasse todas as coisas.
E então eu adivinho teu sorriso
e tu intuis o meu olhar.
Eu pressinto teus lábios e tu imaginas meu corpo.
Eu sonho teu gosto e tu prevês minha entrega.
Há entre o delírio e o real, um tanto de nós
que já existe, agora.

Ticcia

A alegria é uma asa
Sem o pássaro,
Uma chama que abrasa
Sem sopro.
A água corrente livre
Sem destino
Um chamado que se ouve
Sem o sino.
De repente ela chega
E é um manto estendido
Todo azul.
De repente ela some,
E é um canto disperso
Rumo ao sul.


http://www.raulgil.com.br/

27 dezembro 2008


E é esse o calar das asas
que voa num adejar em mim
pelas brisas soltas de uma Rosa Jasmim de mar
que fazem o pousar dos teus olhos
no teu rosto levado por ti no Azul Flor
de um teu descansar nos olhos de um olhar sem fim
esse que te trago num sonho meu de um dia
poder ser também eu como o mar
como o mar onde desaguassem os teus segredos
que assim guardado e calado eu seria
como os sonhos por sonhar
que guardas calada e eu calaria
para que em todos os sonos
eu te desenhasse neles a ternura
de um de sempre acordar assim acordada
e que fosse nos teus olhos a candura
onde pudesse eu ver-te assim
nela tão profunda e sonhada em mim
como se uma cor tua em mim viesse
assim sempre refletida de ti
por tanto ela sentir pelos dias
que levas tu em ti de mim
todas essas cores com que
te fazes assim por mim amada
nesse sempre tão sonhada
e terna de uma única madrugada
eterna em mim e só por ti acordada...

http://amrd.blogspot.com/2007_05_01_archive.html

26 dezembro 2008


Eu só queria ser…
Um sol resplandecente na tua praia
Uma lua cheia na tua noite
Uma visão iluminada para o teu olhar
Um sopro de brisa fresca na tua tarde
A única flor a despontar no teu jardim

Um poema terno que aprendesses de cor
E nos dias frios recordasses
Um sorriso-ave que te encantasse
E te fizesse bater asas
Para outro espaço,
Sempre a meu lado.

RA

Toque-me onde sou luz
E desconheço o fim.
Abismos e precipícios
Profundos em mim.
Flores brotando em alegria
Profusa e graciosa
Em meu jardim.

Toque-me onde o real
Cria a poesia, onde
O desejo é melodia
E a vida é atrevimento.
Sentido e sentimento
Em tuas mãos.
Toque, toque uma vez mais
O meu coração.

Karla Bardanza

25 dezembro 2008


Anoitece no tempo
mas os sonhos permanecem:
azuis,
silenciosos,
necessários.
E a cada respirar dos
relógios,
lembro de emoções
que não podem ser apagadas,
fortes companhias
para não esquecer
do frasco de estrelas
que mora dentro de nós.

Wilmar José Matter

24 dezembro 2008

É só um poema...


Não tenhas medo, ouve:
É um poema.
Um misto de oração e de feitiço...
Sem qualquer compromisso,
Ouve-o atentamente,
De coração lavado.
Poderás decorá-lo
E rezá-lo
Ao deitar,
Ao levantar,
Ou nas restantes horas de tristeza.
Na segura certeza
De que mal não te faz.
E pode acontecer que te dê paz...


Miguel Torga

22 dezembro 2008


Guardei-me como um segredo
Para que teu tempo fosse o meu
Para que meu tempo fosse agora.

Guardei-me como a pérola na ostra
Para que o mar ficasse calmo
Para que as pedras não me vissem.

Guardei-me como as flores no inverno
Em pequeno botão
E atrás das folhas.

Guardei-me como um livro fechado
Para a leitura inteira
E completa.

Guardei-me no amor silenciado
Para a reconstrução das velas em vento
Guardei-me para ti.

Léa Ferro

21 dezembro 2008


Se te pareço ausente, não creias:
Hora a hora o meu amor agarra-se aos teus braços,
Hora a hora o meu desejo revolve estes escombros
E escorrem dos meus olhos mais promessas..
Não acredites neste breve sono;
Não dês valor maior ao meu silêncio;
E se leres recados numa folha branca,
Não creias também: é preciso encostar
Teus lábios em meus lábios para ouvir.
Nem acredites se pensas que te falo:
Palavras
São o meu jeito mais secreto de calar.

Lya Luft

20 dezembro 2008

ESPERA


Espera aquele que se abraça, como se fossem dois.
São frágeis e fortes, são duplos, mas são um...
Espera o que ouve o coração encantado,
Apesar de ser um, tem movimento e dança...
Espera o que sente o vento a formar piruetas
De lembranças no ar...
Quem espera não tem pressa, faz parte da paisagem...
Quem espera rebusca saudade, aconchegado em silêncio.
Tem saudades de coisas que nem sequer conhece... Mas
Quem espera nunca está só,
Há sempre um silêncio de aceitação,
Como aceita o amor que resiste ao tempo, pois
Quem espera nunca está só,
faz parte da solidão de quem passa.

Sônia
(inspirado em poema de Walden Carvalho)

18 dezembro 2008



Faz uma dobra no mar
e deixa que a tua praia
venha ao encontro da minha.
Ficarás então mais perto,
será mais breve o deserto
que terás de atravessar.

Traz ao ombro uma gaivota
que eu te levo uma andorinha.
Dá-me conchas e corais
que eu te dou ramos de olaia.

Faz uma dobra no mar
e deixa que a tua praia
venha ao encontro da minha.


Fernanda de Castro


Embora sempre tenha sonhado em ser passarinho.
Voar bem livremente, na desmedida amplidão...
Fiz-me etérea, plena, quis escrever meu destino
Queria viver meu sonho casto, paz no coração

Com pequenos galhinhos, construí meu ninho
Lá feliz me aconchegava, preenchendo meus vãos.
A liberdade acabou, quando errei o caminho...
E com a fé inspirada em nadas, voei na contramão

Por viver sem saber, o quanto a vida vai durar
Fui atrás dos meus sonhos, a realidade burlando
Vivi desejos, amei sem limite, uma asa fraturando

A paz rara que construí, desvaneceu-se no ar
É pura ilusão querer respirar outra aragem
Se.levo na mochila, sempre a mesma bagagem...

Glória Salles
http://omarmencantacompletamente.blogspot.com/

16 dezembro 2008


Canto-te para que tu definitivamente existas
Canto o teu nome porque só as coisas cantadas
realmente são e só o nome pronunciado inicia
a mágica corrente
Canto o teu nome como o homem fazia eclodir
o fogo do atrito das pedras
Canto o teu nome como o feiticeiro invoca
a magia do remédio
Canto o teu nome como um animal uiva
Como os animais pequenos bebem nos regatos depois
das grandes feras
Canto-te
e tu definitivamente existes nos meus olhos
Sempre abertos porque é sempre os meus olhos
são os olhos da criança que nós somos sempre
diante da imensidão do teu espaço

Canto-te
e os meus olhos sempre abertos são a pergunta
instante pendente de eu te interrogar
e interrogo as coisas em seu ser noturno
em seu estar sombriamente presentes na tua claridade
obscura
E como é sempre
meus olhos abertos perscrutam-te
símbolo de tudo o que me foge
como apertar o ar dentro das mãos
e querer agarrar-te
oh substância
Canto-te
Para que tu existas
E eu não veja mais nada além de ti

Ana Hatherly

15 dezembro 2008


Gosto de ti apaixonadamente,
De ti que és a vitória, a salvação,
De ti que me trouxeste pela mão
Até ao brilho desta chama quente.

A tua linda voz de água corrente
Ensinou-me a cantar... e essa canção
Foi ritmo nos meus versos de paixão,
Foi graça no meu peito de descrente.

Bordão a amparar minha cegueira,
Da noite negra o mágico farol,
Cravos rubros a arder numa fogueira!

Eu eu, que era neste mundo uma vencida,
Ergo a cabeça ao alto, encaro o Sol!
- Águia real, apontas-me a subida!

Florbela Espanca

13 dezembro 2008



As sombras
São vivências entumecidas,
Passado ou presente eloquente,
Leito de lembranças queridas,
Partículas distintas da vida
Que se calam e se sentem!

As sombras
São pedaços de tempo
Eternizados em meu olhar,
São momentos e tão somente
Colírios do pensamento
Em que me deixo navegar...

Ana Martins

11 dezembro 2008


Um dia destes, pela tardinha
ao pôr do sol
vou pôr nas tuas as minhas mãos.
Quero senti-las belas, longas e esguias
tocar nas minhas sinfonias
em si bemol.
Um dia destes, pela tardinha
ao pôr do sol
quero que ponhas toda a ternura
nas pontas dos teus dedos
e com eles toques meus lábios
desvendes meus segredos
e com eles desenhes claves de sol
nos meus cabelos.
Um dia destes, pela tardinha
ao pôr do sol
vou pôr nas tuas as minhas mãos
para que nelas possas ler
na minha sina
esta paixão imensa, desmedida
este enorme si bemol
na clave de sol da minha vida ...

http://comorosasdeareia.blogspot.com/

As primeiras luzes de natal invadem ruas e casas,
Somos convidados a abrir nosso espaço interior,
A abrir os arquivos do nosso coração criança...
Percebo então a importância das pessoas que
Estão ao meu lado, nesta ou em outra dimensão,
A falta que fazem, os espaços vazios que deixaram.
Impossível não deixar cair algumas lágrimas,
Quando no breu da noite cintilam as pequenas luzes
E a gente vê nelas todas as histórias de outros natais....
Nossos pais, que de velhinhos partem,
Nossos filhos, que moços também querem partir,
Nossos amigos que a vida se encarrega de distanciar,
Os amores que acabam e recomeçam sem que haja porquês,
Cada qual no seu tempo....
Há natal no sorriso das pessoas que andam apressadas
Com suas sacolas e seus presentes...
Há natal nas ruas enfeitadas, em cada casa iluminada,
Há natal nas luzes e estrelas do céu...
Mas dentro de casa não é preciso mais limpar a chaminé,
Já não há mais tantos pacotes e burburinhos...
E a árvore de natal vai ficando menor,
Pela ausência deles....

Sônia

09 dezembro 2008



Quando as mãos deslizam no teclado
Mesmo cansadas da lida
As palavras percorrem matizes
Do tempo e da saudade
Em busca de suas razões...
A cada minuto a alma se confessa
Confusa, saudosa e muda
Pela fugacidade da vida.
Alma instável, sem o mar
Para cobrir de sombras e cores,
Com saudades das pessoas
Que amava e se foram...
Triste alma de poeta
Que amando se desnuda
Que silenciada se cala...
Vazios, ausentes,
luz apagada
Ninguém em casa...

Sônia

08 dezembro 2008


Esse amor é semente de raiz profunda
Tem vida no olhar, onde traz confiança.
É rio nascendo pra irrigar tua ternura
Se lança em teu chão, fertiliza a esperança.

Acreditando então, nesse rubro poente.
Viva esse amor tão saudável, e nutrido.
Que percorre límpido e livre tuas veias
Colha o viço palpável desses dias floridos

Esse amor que não pede juras eternas
Dócil, mas forte, que cresce entre espinho.
Transbordando a alma, irrigando o caminho.

Sazonado e frutífero, esse amor se rende.
Porque há tempos, no tear desse sentimento.
Acreditando bordou esse lindo “Pra sempre”.

Glória Salles
http://omarmencantacompletamente.blogspot.com/

Se dos meus olhos desaba a luz
de perenes manhãs de sol
abrindo minhas cortinas,
é por saber de ti,
voz distante e rara.

Amo-te ainda hoje
e me visto de vermelho em manhãs assim
em que tua voz me desperta
(um fado em sonhos)
como se fora te encontrar.

Amo-te ainda e mais
de um amor sem asas, tecido de ausência
(e ânsia)
e me queria dentro dos teus sonhos
como te percebo nestas madrugadas.

Se desperto contigo,
canto o meu amor desvalido
e vou pelo dia, colorindo calçadas
com lembranças da noite e suas horas infindas
como se, enfim, tivesses vindo.

http://abrindojanelas.blogspot.com/

07 dezembro 2008

O Cantar do Vento



Escute esse cantar!
Vem de longe sacudir
Sobre as folhas da palmeira.
É um poema bonito
Que num misto de feitiço,
Qual criança num agito
Sacode, sorri e dança;
Traz o seu canto distante
Desperta e toda faceira.
Sem ter qualquer compromisso,
Somente o canto bonito,
Tal, qual a flor de laranjeira.
Deixa o coração lavado
Batendo tão agitado,
Numa alegria certeira.
É o vento, o nosso amigo
Vem rastreando a saudade
Trazendo felicidade
Descendo pela ladeira

http://bird.eternamente.zip.net/

06 dezembro 2008



O sol beija o mar e se despede,
Em seu lugar estará em breve a lua.
Refúgio dos solitários,
Encanto dos enamorados...
Pobre lua que do alto ouve as queixas
E talvez entenda de solidão.
Talvez entenda de amor...
Pobre lua que só sabe iluminar o mar.
Seu riso de prata seduz mas não responde
Aos pedidos que lhe fazem os
Solitários e os namorados...
Toda noite é assim, e
Quando o mar novamente acordar,
Haverá apenas pedaços de luar...

Sônia


O infinito a minha frente pede
Olhos mareados de horizontes,
Meus limites não diviso
Senão no que concebo da vastidão de mim.
Contenho extremos de estrelas de céu mar
Faz mistério de leste a oeste.
Gigantesca, aposso-me da brisa,
Do sol derramado,
Das peles que queimam verões.
Antes de chegar o amor e arrasar
Com toda simbologia marítima,
E me fazer crer que a imensidão vagante de mim
É você, que gira gira o sol,
Perfuma minha pele,
Gira gira o amor por dentro,
Do que contemplo nessa tarde já ida
De pássaros e de meninos.


http://www.sedeemfrenteaomar.blogger.com.br/

05 dezembro 2008


Quando, nos lábios, começa um continente,
suspenso no apelo líquido dos beijos,
há um barco que cresce nos meus olhos
e, entre búzios verdes, escrevo água.

Nunca a brisa se demora entre as dunas,
onde os barcos navegam sobre a espuma.

Tudo é secreto, se Maio se repete
nas marcas da pureza recusada.

Um rosto ou um rio me fascinam,
quando a raiva e o sossego
me revelam a nascente
e, no meio das palavras,
procuro apenas um gesto
ou uma sombra.

Graça Pires

04 dezembro 2008



Que dizer do tempo
hesitante de um poema
ou da forma magoada
de o escrever,
que dizer da voz
decidida do Poeta
ou do modo alterado
de o falar
e de o cantar,
que dizer de mim
e de ti
na noite de todos os poemas
dentro do tempo
dito de nós.

http://romasdapaula.blogspot.com/

03 dezembro 2008


Sozinho junto á beira do mar, refugio-me na sua música
Este som de mar calmo faz com que eu respire pausadamente.
Estou como se estivesse a ver um filme
Tem momentos que a cor se altera, vejo a preto e branco
Esses são os momentos em que eu estive menos atento.

Não me deixo levar pelo desânimo.
O filme Casablanca é a preto e branco.
Eu, com o meu pensamento caminho pela borda do mar.
Vou molhando os pés…

Espero alguém que distraidamente possa olhar para o meu caminhar
Que me abraça, sem que eu olhe para mim
Virá por vontade, para amar na praia de todos os sonhos.
Hoje, a tarde é de vento manso, mas de areia quente
O mesmo vento, a mesma areia, o mesmo amor.

Vem… aqui encontras o melhor som para todas as vidas
O som do mar...
Se quiseres...

http://osaldanossapele.blog.simplesnet.pt

Quem sou eu

Minha foto
Gaúcha, nos pampas nascida Um grande sonho acalentei Morar numa ilha encantada Cheia de bruxas e fadas. Nessa terra cheia de graça Onde se juntam todas as raças, Minha ilha lança ao poente O azul espelhado da lagoa, O verde silêncio das montanhas, O rumorejar de um mar azul Que beija apaixonado a areia da Minha ilha de renda poética. Não importa se há sol ou chuva, A mágica ilha é sempre azul, Fica gravada na alma e Quem aqui vem sempre vai voltar, Para descobrir novos caminhos, Novos destinos, pois Esta magia nunca irá acabar.
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